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Bahia chega a 12 casos de varíola dos macacos, 3 no interior

Pelo menos 50 pacientes com sintomas sugestivos para a varíola dos macacos estão tendo seus quadros investigados pela Saúde estadual e pelas secretarias de 24 municípios. Apenas em Salvador, foram 19 pessoas apresentando queixas como febre alta, dores na cabeça e na coluna, e adenomegalia (inchaço dos gânglios)

O mês de agosto começa com o aumento de casos da varíola dos macacos na Bahia: durante o final de semana, a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) e a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) confirmaram mais cinco contaminações pela Monkeypox (outro nome usado para a doença, muito parecida com a varíola humana). Agora, o Estado tem 12 casos conhecidos, sendo 9 em Salvador, dois em Santo Antônio de Jesus (Recôncavo) e um em Ilhéus (Sul). Pelo menos 50 pacientes com sintomas sugestivos para a varíola dos macacos estão tendo seus quadros investigados pela Saúde estadual e pelas secretarias de 24 municípios. Apenas em Salvador, foram 19 pessoas apresentando queixas como febre alta, dores na cabeça e na coluna, e adenomegalia (inchaço dos gânglios).

Informações da Tribuna da Bahia

Considerando as informações fornecidas pela SMS e pela Sesab, a maioria dos indivíduos que testaram positivo para a Monkeypox na Bahia desde a primeira suspeita notificada, no dia 13 de julho, são homens com idades entre 30 e 40 anos e com algum histórico de viagem internacional anterior ao começo dos sintomas. A maioria não precisou de internação hospitalar, e os pacientes foram orientados a realizar o isolamento domiciliar por pelo menos 21 dias, até a cicatrizaçãodas manchas na pelee a resolução do quadro sintomático. Essa recomendação segue o atual protocolo de contenção do avanço da varíola dos macacos elaborado pela Saúde municipal. Todas as pessoas com quem os pacientes confirmados entraram em contato devem procurar os serviços de saúde em caso de sintomas, e também realizar o isolamento.

Prevenção

A Monkeypox ainda não possui vacina própria. Para proteger-se, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o imunizante já existente para a varíola humana, que tem eficácia em torno de 85% para os quadros de varíola do macaco. A proteção dura entre 3 e 5 anos; assim, quem nasceu antes de 1980 e tomou a vacina terá que receber uma nova dose. No Brasil, por enquanto, a vacinação em massa não deve acontecer: o Ministério da Saúde está negociando para conseguir uma carga de doses, mas num primeiro momento a vacina será destinada para aqueles mais vulneráveis, como profissionais da saúde e pessoas com alto risco de exposição. Diante desse quadro, o que fazer enquanto não houver doses para todos?

Uma das grandes recomendações feitas pela infectologista do SEIMI Giovanna Orrico recomenda que se evite contato sexual com pessoas com lesão de pele, lembrando que apesar de muitos casos terem sido vistos em homens que fazem sexo com homens, a infecção não é exclusiva de nenhum grupo. “A transmissão mais efetiva desta doença é via contato. A via respiratória é secundária na disseminação”, explicou. Entretanto, em grandes aglomerações, como transportes públicos, o uso de máscara de boa qualidade (preferencialmente PFF2) segue sendo indicado. Outros cuidados são a higienização frequente das mãos e separar objetos pessoais, como roupas de cama, toalhas e talheres, não compartilhando-os.