O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), reuniu, na semana passada, os vereadores que o apoia, em um encontro reservado
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), reuniu, na semana passada, os vereadores que o apoia, em um encontro reservado, para falar sobre a possível eleição para presidente da Câmara de Vereadores. Na conversa, o gestor soteropolitano pediu aos aliados que haja unidade no pleito interno, segundo relataram os presentes à Tribuna.
O encontro reuniu 27 vereadores, e 10 teriam pleiteado ser o próximo presidente do Legislativo municipal a partir de 2023. No entanto, quatro teriam recuado, e seis ainda teriam interesse. São eles: Kiki Bispo, Duda Sanches, Paulo Magalhães, Marcelle Moraes, todos do União Brasil, Luiz Carlos (Republicanos) e Débora Santana (Avante).
O vereador Kiki Bispo, por já estar se articulando e ser muito próximo a Bruno Reis, é considerado favorito. A eleição não tem data para acontecer, mas só deve ocorrer após uma decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre se o atual presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), pode ou não ter dois mandatos consecutivos.
O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu, no dia 6 de outubro, a votação que reelegeu Geraldo Júnior para o cargo de presidente da Casa. A votação foi realizada no final de março e era válida para o biênio 2023-2024. Nunes Marques acolheu um pedido do União Brasil – partido do prefeito Bruno Reis e do candidato ao governo da Bahia, ACM Neto – que questionou mudanças no regimento da Câmara e também na Lei Orgânica do Município que permitiram a antecipação do pleito que deveria ocorrer em 2023.
Na decisão, o ministro ainda determinou a realização de uma nova eleição. No entanto, a decisão é apenas cautelar e tem efeito até o plenário do STF, com todos os ministros julguem o caso. O pleno da Corte Suprema começou a julgar o caso, mas o ministro Gilmar Mendes pediu vistas do processo, isto é, mais tempo para estudar. Ainda não há previsão de quando o julgamento será retomado.
Orçamento
Com uma previsão total de mais de R$ 10,2 bilhões, tramita na Câmara Municipal de Salvador, desde o dia 5, o Projeto de Lei do Orçamento Anual. De acordo com o Executivo, a proposta orçamentária apresenta um crescimento da ordem de 18%, em relação ao orçamento inicial do exercício de 2022.
Na mensagem enviada à Câmara e que trata do assunto, o prefeito Bruno Reis atentou para a compatibilidade da matéria com o Plano Plurianual 2022/2025 e o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentária 2023, ainda em apreciação na Casa Legislativa. Ressaltou que a matéria foi elaborada num contexto que ainda reflete os efeitos socioeconômicos da crise sanitária provocada pela Covid-19 e os impactos geopolíticos do Leste Europeu (guerra entre Rússia e Ucrânia) sobre a economia mundial, e, no Brasil, especialmente no segmento energético e no aumento das taxas de juros e do preço de commodities.
“Há de se considerar que, mesmo nesta ambiência desfavorável, a economia brasileira vem reagindo positivamente, demonstrando uma trajetória sustentada não só em 2022, como para os anos subsequentes”, pontuou na mensagem.
