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Casos de Covid-19 aumentam depois dos festejos juninos

Julho já tem alta de 150% na busca por testes de covid-19. Mas, outras festas seguem confirmadas.

Os diagnósticos de covid-19 aumentaram em Salvador neste mês de julho. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, em um período de 30 dias, a busca por testes de confirmação da doença teve uma alta de 150%. Em 7 de junho, era realizada uma média de 600 testes por dia. Já em 7 de julho, a média saltou para 1.500. 

A tendência é a mesma em toda a Bahia. No mesmo período, o estado registrou uma elevação de mais de 1.360% no número de casos ativos em todo o estado. O número subiu de 1.494 em 7 de junho, para 21.826 em 8 de julho — maior quantidade contabilizada pela Secretaria estadual de Saúde (Sesab) desde fevereiro. 

Os dados do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) apontam ainda para um aumento de 37 pontos percentuais na proporção de testes positivados por dia, no último mês. No dia 7 de junho, a cada 10 testes realizados, apenas um resultava em Covid-19. Em 7 de julho, a cada 10 testes, 4 ou 5 confirmaram a doença. O Lacen recebeu ainda mais que o triplo de testes para a análise neste período, a alta foi de 233%. 

“Não tem dúvida que está havendo um incremento contínuo [de casos] nas últimas 4 semanas”, afirma o infectologista Antônio Bandeira, membro diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia. De acordo com o médico, esse aumento já vinha ocorrendo desde antes do São João, por conta das variantes BA.4 e BA.5. Com os festejos juninos, houve uma continuação.

A ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também aumentou. A atual taxa de ocupação na Bahia é de 59%, com 112 pessoas internadas em um total de 190 leitos. No início de junho, havia apenas 22 pessoas internadas, o que representa um aumento de 409% nos casos graves da doença. 

Na capital baiana, há 2.252 casos ativos, segundo último boletim divulgado pela Sesab. Destes, 68 são graves, com 60 adultos e 8 crianças internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). As taxas de ocupação estão em 71% na UTI adulta e 80% na pediátrica. 

De acordo com a médica infectologista Clarissa Cerqueira, no entanto, devido à vacinação, mesmo os casos de internamento estão menos graves do que nos picos da doença. “Na prática, o que venho percebendo é que até a gravidade de quem está internado está bem menor. Usam oxigênio poucos dias em relação a antes, não estão precisando ser intubados como antes, e eles têm muitas comorbidades. Pacientes com câncer em atividade, por exemplo”, afirma. 

Correio da Bahia