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Ibovespa registra segundo pior desempenho nos 100 dias do governo Lula

Preocupações com a política monetária e a falta de normas para substituir o teto de gastos geram incertezas no mercado de ações.

Um estudo recente realizado pelo TradeMap revelou que o Ibovespa teve um desempenho negativo de 7,20% nos primeiros 100 dias do terceiro mandato do presidente Lula. Esse resultado é o segundo pior dos últimos 28 anos, ficando atrás apenas do primeiro mandato do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), quando o Plano Real foi implementado e a Bolsa caiu 28,48%.

A queda do mercado de ações está relacionada às preocupações dos investidores em relação às possíveis intervenções do presidente Lula na condução da política monetária. Além disso, a falta de normas que substituam o teto de gastos do governo gera incertezas e trava a economia.

Empresas como Americanas, Tok&Stok e Marisa têm enfrentado dificuldades por estarem endividadas e não conseguirem crédito cada vez mais restrito e caro. A situação das montadoras também expõe as dificuldades do setor, e os números do desemprego reforçam o quadro de queda na atividade econômica.

A quebra de bancos como Americanas, Silicon Valley e Signature Bank, e do Credit Suisse também contribuiu para os resultados do Ibovespa. Isso porque os mercados se retraíram até que ficasse mais clara a possibilidade de risco sistêmico entre os bancos.

O estudo do TradeMap mostrou que as três maiores quedas do Ibovespa nos 100 dias foram Hapvida, -53,74%; Alpargatas, -48,14%; e CVC -36,75%. As três maiores altas ficaram por conta de Embraer, 38,92%; EcoRodovias, 25,39%; e Magalu, 22,26%.

Diante desse cenário, é importante que o governo Lula apresente medidas que proporcionem mais segurança para o controle fiscal do país e ofereçam um ambiente mais favorável para os investidores. A estabilidade econômica é essencial para que o país possa voltar a crescer e gerar empregos, beneficiando a todos os brasileiros.