A diplomacia brasileira começa a preparar o presidente Jair Bolsonaro para o encontro com seu par americano, Joe Biden, na Cúpula das Américas entre 6 e 10 de junho. Os temas Rússia e Amazônia são as prioridades no treinamento.
O encontro é aguardado porque será a primeira conversa entre eles, mais de um ano após a posse de Biden. Fã de Donald Trump, Bolsonaro não apenas espalhou as mentiras de que a eleição americana de 2020 foi fraudada, como o Brasil demorou a reconhecer a vitória de Biden.
O governo brasileiro está certo de que Bolsonaro terá de explicar o motivo de sua ida à Rússia na iminência de o país invadir a Ucrânia. Durante a visita, quando o mundo pressionava Vladimir Putin a não invadir o país vizinho, Bolsonaro se disse solidário ao povo russo.
No caso da Amazônia, Bolsonaro tentará explicar que o Brasil trabalha para preservar a floresta. O tema é sensível, em especial devido ao fato de a postura de Bolsonaro ser oposta a essa promessa. A tendência é que o presidente fale sobre preservação, mas diga que a soberania nacional é inegociável.
O Bastidor
