Programa Mais Médicos amplia equipe com 5.970 novos profissionais em todo o Brasil
O Ministério da Saúde anunciou hoje a abertura de um novo edital para a contratação de profissionais do Mais Médicos. Com o objetivo de ampliar a equipe médica em todas as regiões do Brasil, o programa busca preencher 5.970 vagas disponíveis. Essa iniciativa visa fortalecer a atenção primária e garantir o atendimento em áreas mais vulneráveis. O edital foi oficialmente publicado no Diário Oficial da União.
Desde o relançamento do programa em março deste ano, este é o primeiro chamamento de profissionais. Com a contratação desses novos médicos, o Mais Médicos passará a contar com um total de aproximadamente 18 mil profissionais atuando na atenção primária em todo o país. A expectativa é que, até o final do ano, o programa alcance a marca de 28 mil profissionais.
No auge do programa, em 2015, o Mais Médicos registrou um número recorde de 18.240 médicos ativos. Com esse novo edital, o programa pretende ultrapassar essa marca histórica e já planeja abrir um segundo edital para contratar mais 10 mil médicos até o final do ano.
Uma das diretrizes do programa em sua nova versão é dar prioridade aos médicos brasileiros registrados no país. Essa diretriz é válida também para o edital atual, mas também serão aceitas inscrições de médicos brasileiros no exterior e estrangeiros para preencher as vagas restantes.
As inscrições para o edital estarão abertas a partir de sexta-feira, dia 26, e se encerrarão no dia 31 de maio. Prevê-se que os profissionais selecionados já comecem a atuar nos 1.994 municípios contemplados a partir de junho.
Do total de vagas disponíveis no edital lançado nesta segunda-feira, aproximadamente 45% estão localizadas em regiões de vulnerabilidade social. Além disso, neste ano, 117 médicos foram convocados para atuar em territórios indígenas, incluindo a região Ianomâmi, que enfrenta uma crise sanitária e humanitária.
Com o intuito de incentivar a permanência dos médicos no programa e atrair assistência para áreas mais vulneráveis, o governo federal elaborou uma série de medidas. Felipe Proenço, Diretor de Programas na Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, ressaltou que esses incentivos têm como objetivo aumentar o tempo de permanência dos médicos durante os quatro anos de duração do programa, que corresponde ao seu primeiro ciclo após o relançamento.
— Buscamos manter os médicos por um período superior à média, já que a rotatividade dos médicos na saúde da família é muito alta, sendo menor que um ano. Acreditamos que, por meio desses incentivos, tanto financeiros quanto de formação, será possível elevar o tempo médio de permanência dos médicos no programa — destacou Proenço.