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Morre o ator Rubens Caribé

O ator Rubens Caribé morreu neste domingo, 5, aos 56 anos de idade. Ele sofreu uma parada cardíaca ao realizar um procedimento cirúrgico. Nos últimos tempos, lutava contra um câncer na língua.

Recentemente, Caribé esteve no elenco de Cidade Invisível, série da Netflix que faz uma releitura sobre o folclore brasileiro, interpretando Afonso, dono de uma construtora. Ele também estrela Cano Serrado, filme que vem sendo exibido em festivais como o do Rio e o de Havana desde 2018, mas ainda não estreou em circuito comercial.

,O crítico Rodrigo Fonseca , que, “devastadora, abrilhanta o longa”: “Tem algo de inusitado na composição da asquerosa, porém magnética figura do Sargento Sebastião que parece não pertencer ao léxico habitual do cinema brasileiro. Há um tempo de distensão de espera nas falas, uma sensação quase brechtiana de distanciamento em seu olhar, um ar de fragilidade à moda Iago (de Othelo), disfarçado de velhacaria. É algo que havia na composição do Corisco de Othon Bastos, um filho de Brecht, e na guerrilheira encarnada por Dina Sfat em Macunaíma – paramos por aí. Caribé não afirma, ele sugere, insinua.”

O ator fez diversos trabalhos no teatro, em especial com o Grupo Ornitorrinco, do qual fez parte. Entre as peças, A Bela Adormecida (1987), Boy Meets Boys (1987), O Doente Imaginário (1989), Sonho de Uma Noite de Verão (1991) e O Melhor do Homem (1995), Pedras nos Bolsos (2006), A Megera Domada (2008), Fim de Partida (2016), Ricardo III ou Cenas da Vida de Meierhold (2019) e Mulheres de Areia (2020).

Na televisão, viveu seu auge nos anos 1990, quando esteve em produções da Globo como Fera Ferida (1993) e Anos Rebeldes (1992), além da novela Sangue do Meu Sangue (1995), do SBT. Na década seguinte, participou de novelas como Pícara Sonhadora (2001), no SBT, e Cidadão Brasileiro (2007), na Record.

Conteúdo Estadão