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Palacete Tira-Chapéu abre as portas para apresentar restauro

Serão reveladas também as descobertas da equipe de restauro durante as obras

Um dos mais importantes edifícios de estilo eclético do Centro Histórico de Salvador, o Palacete Tira-Chapéu vai abrir as portas na próxima quarta-feira (13), às 9h, para apresentar o andamento do minucioso restauro pelo qual está passando.

Os responsáveis pelo projeto vão explicar as etapas do trabalho até aqui, os desafios técnicos, além das recompensas de cunho social que estão sendo desenvolvidas, como previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura, que apoia o projeto de restauro.

Serão reveladas também as descobertas da equipe de restauro durante as obras. Uma das principais surgiu por meio da técnica de prospecção estratigráfica, que buscou identificar camadas de tinta sobrepostas nas paredes do edifício. Ao final da investigação, foram encontradas várias pinturas decorativas, especialmente com motivos florais, típicos do ecletismo, estilo arquitetônico que caracteriza o prédio.

Os achados vão, inclusive, fazer parte da exposição “Rua Chile e o Palacete Tira-Chapéu – 120 anos de História”, que vai acontecer agora em julho no Salão Chile do Palacete; aberta ao público com entrada franca.

O projeto de restauro é desenvolvido pela Elysium Sociedade Cultural, a partir do apoio do Grupo Elo, que patrocina as obras por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

O resgate de um patrimônio artístico e cultural como o Palacete Tira-Chapéu é mais do que a recuperação da edificação em si, mas também a reconstituição de sua relevância para a sociedade.

O objetivo do plano de restauro é, resguardando todos os potenciais artísticos e arquitetônicos remanescentes, assegurar que o edifício se mantenha em funcionamento como oferta de arte e cultura em Salvador.

O Palacete Tira-Chapéu

O projeto do Palacete Tira-Chapéu é de autoria do arquiteto italiano Rossi Baptista, e se tornou uma das mais emblemáticas obras do autor em Salvador. Inaugurado em 1917, o edifício foi sede da Associação dos Empregados no Comércio da Bahia, fundada em 1990, e teve uso exclusivamente comercial e administrativo.

Tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC-BA), é um dos poucos remanescentes do estilo eclético em Salvador, com adornos que podem ser identificados da arquitetura barroca ao estilo clássico.
 
Na composição da sua fachada, por exemplo, há colunas com fustes canelados e capitéis coríntios, atlantes e esquadrias que formam uma composição bem marcada e ordenada. No interior do edifício, as misturas de referências são evidenciadas nos pilares, pisos, disposição e forma das escadas, e nos elementos decorativos em estuque nos forros e coroamento das paredes.

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