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Pressionados pelas pesquisas, Haddad, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues já pensam em um Plano B

Pressionado pelo avanço dos opositores que, pesquisa a após pesquisa, reduzem a distância percentual, a saída seria, caso Lula se torne presidente, ocupar uma cadeira no planalto brasileiro. Na visão de muitos petistas, Haddad e Rui Costa teriam cadeiras cativas

Embora os caciques petistas não admitam, mas se Fernando Haddad não for eleito governador de São Paulo, há grandes chances de que seu futuro esteja em Brasília. Pressionado pelo avanço dos opositores que, pesquisa a após pesquisa, reduzem a distância percentual, a saída seria, caso Lula se torne presidente, ocupar uma cadeira no planalto brasileiro. Na visão de muitos petistas, ele é um nome “cotadíssimo” para assumir o Ministério da Fazenda. 

Petistas relataram à coluna de Bela Megale que, antes de ser preso na Lava-Jato, em 2018, Lula queria que Haddad fosse o chefe da pasta da Fazenda, caso fosse eleito.

O próprio Haddad chegou a dizer em entrevista naquele ano que, antes de ser convidado para ser vice de Lula, foi sondado pelo ex-presidente para esse posto. Haddad é advogado e tem mestrado em Economia. Ele participa da maioria das conversas que Lula tem realizado com o empresariado e é ativo na construção das propostas econômicas dos seus planos de governo.

O problema é que, Lula passa pelo mesmo dilema que assombra Haddad. Embora lidere nas pesquisas, vê seus percentuais derreteram a cada semana. Em sua coluna na revista Veja, o ex-secretário de comunicação do governo Dilma Rousseff, agora colunista de veículos escritos, Thomas Traumann, já prevê que Bolsonaro avançará significativamente nas pesquisas nas próximas semanas.

Em seu artigo publicado na revista Veja em 12 de julho, Traumann afirma que, “O preço dos combustíveis caiu em média 20% com o limite da cobrança do ICMS aprovado contra a vontade dos governadores, e em agosto começa o pagamento do valor extra de 200 reais no Auxílio Brasil para 18 milhões de famílias. Mais de 5 milhões de famílias vão receber o dobro do valor do vale-gás, 1 milhão de caminhoneiros vão receber um voucher-combustível e 1 milhão de estudantes tiveram perdoadas as suas dívidas com o crédito universitário do ProUni”. Segundo o colunista petista, a ascensão de Bolsonaro nas pesquisas é inevitável e duradoura devido o impacto positivo que o pacote de bondades produzirá sobre a economia e, consequentemente, sobre as vidas das pessoas.

Se os argumentos de Traumann estiverem certos, os próximos levantamento refletirão o avanço de Bolsonaro, mesmo em levantamentos fartamente questionados devido ao histórico recente de erros. Isso colocaria Lula na mesma posição de Haddad, em busca de um porto seguro.

Na Bahia, preocupação de Haddad também é sentida no grupo petista comando por Rui Costa, governador do estado. No principal estado da região nordeste, a situação do pré-candidato petista também segue a mesma toada. Jerônimo Rodrigues, ex-secretário de educação, tem apenas 18% das intenções de votos, contra 56% atribuídos a ACM Neto.

Na última pesquisa Quaest/Genial, publicada na sexta-feira (15), Rodrigues aparece com tímidos 10% das intenções face aos 61% atribuídos ao pré-candidato do União Brasil.