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“Provei que Otto e Cacá são crias do Centrão”, diz Tâmara sobre participação em debate

Segundo Tâmara, o inovador debate para o Senado promovido pelo G1 nesta quarta-feira (30) deu a ela a oportunidade de revelar abertamente o posicionamento político de Otto Alencar (PSD) e Cacá Leão (PP): “Crias do Centrão”.

A repercussão sobre a participação da candidata do PSOL ao Senado pela Bahia, Tâmara Azevedo (PSOL), foi grande. A gestora pública protagonizou embates acalorados com a candidata bolsonarista Raíssa Soares (PL), mas atribui às declarações contra os outros dois adversários como os seus melhores momentos.

“Eu provei que o Otto e Cacá são crias do Centrão. Os dois estão aonde acham que vão ganhar mais, não tem convicção política, só tem conveniência”, disparou a psolista, lembrando que Otto foi secretário de Saúde no governo de Antônio Carlos Magalhães, quando foi filiado ao PFL, e depois migrou para a base petista quando o partido passou a governar o estado.

No Senado, Otto votou 81% das vezes a favor de projetos enviados pelo governo Bolsonaro. Confrontado no debate por Tâmara sobre o dado, o senador negou, mas foi desmentido nas considerações finais quando a candidata citou como fonte o site Congresso em Foco, do UOL, que faz um trabalho de cobertura do legislativo nacional e mapeia os votos dos parlamentares.

Cacá Leão, por sua vez, foi líder do PP na Câmara e votou a favor de propostas como a Reforma Trabalhista e, mais recentemente, a PEC do Voto Impresso, que queria fazer o país retroceder no sistema eleitoral e abandonar as urnas eletrônicas, comprovadamente seguras. De acordo com o Radar do Congresso em Foco, o pepista, que este ano abandonou a base do governo Rui Costa (PT) na Bahia para se aliar a ACM Neto, votou 94% das vezes alinhado com o governo Bolsonaro.

“Cacá não teve nem coragem de responder a minha pergunta sobre a Reforma Trabalhista e o Teto de Gastos. Ele promete que vai olhar para os baianos mas toda vez que tem a chance ele atua para atrapalhar a vida do povo”, critica.

Mesmo tentando se desvincular da figura do atual presidente, impopular na Bahia, os dois candidatos fazem parte da “base de sustentação” do seu mandato.

“Bolsonaro não aprova nada sozinho, precisa ter apoio, e infelizmente a estes dois que são hoje candidatos ao Senado, além obviamente da Doutora Cloroquina, são tudo que o presidente precisa para garantir o seu projeto de destruição do país”, concluiu.