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PSD paulista está mais alinhado com Tarcísio e França do que com Hadad; “Conversas têm mais liga”, diz Kassab

Presidente do PSD diz que seu partido é antipetista e antitucano em São Paulo. Decisão pode complicar ainda mais situação de Hadad e de Lula em São Paulo

Gilberto Kassab, presidente do PSD, ex-ministro e ex-secretário de João Doria: “O Tarcísio não é bolsonarista, né?” — Foto: Wenderson Araujo/Valor

O ex-ministro Gilberto Kassab, presidente do PSD, disse ontem ao Valor que “as conversas” de seu partido com os pré-candidatos a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Márcio França (PSB), com vistas a uma possível aliança no Estado, “são mais consistentes” do que as negociações com Fernando Haddad (PT) e com o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB).

“Os quatro estão procurando. E a nossa tese é a de que vamos ter candidatura própria. Mas eu diria que as conversas com o Tarcísio e com o Márcio são mais consistentes. Têm mais liga”, disse.

Embora mantenha distância do presidente Jair Bolsonaro em âmbito nacional, Kassab não vê problemas em fazer aliança com o pré-candidato de Bolsonaro em São Paulo e seu ex-ministro de Infraestrutura: “O Tarcísio não é bolsonarista, né?”

“Então como o PSD é um partido antipetista e antitucano em São Paulo, é mais fácil com o Márcio ou com o Tarcísio se for fazer aliança. É natural.”

Embora diga que o PSD seja antitucano São Paulo, o próprio Kassab ocupou o posto de secretário-chefe da Casa Civil do ex-governador João Doria (PSDB). Nessa posição, era colega de secretariado de Rodrigo Garcia, que, além de vice-governador, comandava a secretaria de Governo de Doria.

Outra razão que aproxima o PSD de Tarcísio de Freitas, segundo Kassab, é o fato de pessoas ligadas à legenda já estarem trabalhando na pré-candidatura do ex-ministro, caso de Guilherme Afif Domingos, ex-assessor especial do Ministério da Economia.

Afif Domingos coordena a área econômica do programa de governo de Tarcísio.

Se não conseguir viabilizar aliança em São Paulo, o PSD deve lançar Felício Ramuth como candidato próprio a governador. Ele renunciou à Prefeitura de São José dos Campos neste ano para participar das eleições.

“Eu gostaria muito que fosse candidatura própria”, afirmou Kassab. “Mas eu não vou impor isso. Eu não imponho a nível nacional, não vou impor em meu Estado. Estou deixando correr solta essas conversas”, explicou.

O presidente do PSD afirmou que irá avaliar melhor a questão de alianças no início de julho.

Em âmbito nacional, Kassab defendeu a candidatura presidencial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Com a recusa do, tentou atrair para a sigla o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite.