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Sob pressão e temendo CPI, presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, renuncia ao cargo

Decisão foi tomada após escalada da tensão com o governo na última que, segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira-PP, abriria uma CPI para investigar estrutura administrativa da petroleira

José Mauro Coelho, presidente da Petrobras (PETR3/PETR4) renunciou ao posto nesta segunda-feira, 20, após ser pressionado pelo governo a deixar o cargo. Coelho já havia sido demitido por Bolsonaro, mas aguardava rito no conselho de administração para deixar efetivamente o comando da estatal. A renúncia, informada pela Petrobras em fato relevante, acelerou o processo. 

Como o conselho é formado?
O conselho de administração da Petrobras é formado por no mínimo 7 e, no máximo, 11 membros. Atualmente, são 11. Os integrantes têm mandatos de até dois anos e podem ter até três reeleições consecutivas. Todos os membros do conselho, incluindo o presidente, são eleitos em assembleia geral dos acionistas. A União, que é acionista majoritária, tem a prerrogativa de indicar a maioria dos membros.

Segundo a empresa, a nomeação de um presidente interino será examinada pelo conselho de administração da Petrobras a partir de agora.

A demissão responde à escalada da pressão sobre a Petrobras após o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmar na sexta-feira que Coelho deveria renunciar “imediatamente”. No dia anterior, a estatal havia anunciado um reajuste de 14% no diesel e 5% na gasolina que entrou em vigor no fim de semana.

Como resposta, o governo sugeriu que tentará a partir desta segunda-feira, 20, iniciar os trâmites para uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a estatal. Para além da discussão da política de preços, Lira ameaça implantar um imposto de exportação para compensar a alta dos combustíveis.

(Em atualização) Informação Exame