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Alagoinhas – Vereador Juci Cardoso (PC do B) aponta caos nas unidades de saúde do município

Segundo a legisladora, o governo municipal investiu 400 mil Reais em estrutura e toldos, mas não tem bancado nem a retirada de lixo das unidades. Estaria ainda faltando medicamentos, internet e segurança em várias unidades

Falas da vereadora Juci Cardoso sobre a situação das unidades de saúde em Alagoinhas

Durante o Pequeno Expediente da sessão de reabertura dos trabalhos da Câmara Municipal de Alagoinhas, no último dia 21, a vereador do PC do B, Juci Cardoso, fez duras críticas contra a estrutura das unidades de saúde espalhados pela cidade de Alagoinhas.

A legisladora destacou estar solicitando cópias dos alvarás sanitários das unidades de saúde dos municípios que, segundo apurou, estariam funcionados sem o referido alvará. Segundo a vereadora, o documento é exigido para abertura de estabelecimentos em toda a cidade e deve também ser apresentado nas instalações geridas pela municipalidade, principalmente se tratando de unidades de saúde. Em sua fala, a edil deixou subentendido que as unidades de saúde de Alagoinhas não possuem Alvará Sanitário.

A vereadora seguiu listando uma série de supostas irregularidades levantadas a partir de visitas feitas às unidades.

Segundo ela, as estruturas das unidades de saúde seriam extremamente inadequadas para o atendimento de pacientes; prédios sem identificação, locais apertados para a demanda de pacientes, salas de curativos sem ventilação, telhados precários incapazes de proteger contra às chuvas em praticamente todas as unidades de saúde.

Jaci Cardoso sinalizou ainda que, até mesmo o processo de vacinação estaria sendo prejudicado por comprometimento nas instalações elétricas. Ela exemplificou citando a situação da unidade de saúde localiza no Parque São Cristóvão que, não suportando o funcionamento dos equipamentos de refrigeração, teria suspendido o processo de vacinação. 

Outro problema frequente, segundo a legisladora, é a presença de mofo nas paredes das unidades. Fator que dificultaria até mesmo o combate as pandemias e o atendimento de pacientes portadores de doenças respiratórias que, com a presença do mofo, poderiam ter seus quadros agravados.

“De nada adianta o município gastar 400 mil reais em estrutura e toldos para fazer o populismo dentro da gestão pública e não ter uma bombona para recolher corretamente o lixo”

Vereadora Juci Cardoso

Na unidade de saúde do Espinho, prosseguiu a vereadora, estaria faltando equipamentos para descarte de lixo hospitalar produzido durante o atendimento dos pacientes e, em outras unidades, a “bombona” com os dejetos estaria sendo transportada por dentro das instalações físicas das unidades durante o período de atendimento dos pacientes. Listou ainda que existem unidades de saúde cujos arredores estariam tomados por “mato”. 

Falta de estrutura e medicamentos

Por fim, Jaci Cardoso relatou que, em suas visitas, percebeu ainda que as unidades não possuiriam segurança patrimonial, tendo “guardas apenas algumas vezes na semana”. Outras unidades não teriam conexão de internet. A vereadora apontou ainda que teria constatado a falta de insulina para pacientes portadores de diabetes. A escassez do medicamento ocorreria, principalmente, no final de cada mês.

No caso do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, a vereadora apontou que estaria faltando medicação devido a falta de cumprimento da contrapartida do município no financiamento da compra dos medicamentos, uma vez que a gestão é tripartite.  Embora o município alegue, nas palavras da legisladora, que a responsabilidade seria do estado, que estaria atrasando os repasses, ela assevera que não há o repasse dos 25% de responsabilidade dos cofres públicos municipais. Para entender o problema, há o requerimento das notas pagas, salientou. O prejuízo para os pacientes, devido à ausência dos medicamentos, seria grande. Concluiu acusando que, estaria faltando 13 medicamentos de uma lista composta por 30. Dentre os quais, um medicamento anticonvulsivo utilizados por alunos-pacientes da Pestalozzi.

Emendas não executadas

A vereadora ainda lembro que, um importante emenda destinada a construção da unidade de reabilitação funcional – destinada a tratamento fisioterapêutico de pacientes do município – ainda não teria sido implementada, embora apresentada por dois anos consecutivos. Seria uma unidade própria – ou seja, não conveniada com a iniciativa privada, fato que reduziria os gastos com o pagamento de despesas a unidades particulares para o atendimento dos pacientes – para o atendimento e reintegração dos pacientes

“De nada adianta o município gastar 400 mil reais em estrutura e toldos para fazer o populismo dentro da gestão pública e não ter uma bombona para recolher corretamente o lixo”

O QUE PENSA A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE

A redação do Na Resenha, através de e-mail encaminhado para os endereços eletrônicos [email protected] e [email protected] – cuja a cópia encontra-se abaixo – buscou a versão da Secretaria de Saúde sobre as alegações feitas pela vereador Juci Cardoso. Até o fechamento da matéria, às 10h desta terça-feira, não houve retorno sobre os questionamentos apresentados.

Cópia da mensagem encaminhada a SECOM e SESAU sobre as denuncias da vereadora Juci Cardoso

Como forma de garantir a manifestação da Secretaria de Saúde, uma vez que o assunto é e extrema importância e diz respeito a toda população, a publicação da matéria foi procrastinada para as 13h. No meio tempo, através do telefones existentes no site oficial da Prefeitura de Alagoinhas, (75) 3423-8325 e (75) 3423-8320, da SESAU e SECOM respectivamente, tentamos contato. As ligações não foram atendidas. Foram feitas tentativa ainda para os celulares 75 99712 2594 e 75 999936680. O primeiro número é listado na busca do google como sendo da SESAU. Nele, fomos informados que o telefone é de uso particular. Mas, recebemos a indicação de que a SESAU atenderia no segundo número. Mas, as ligações não foram atendidas.