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Jerônimo Rodrigues, secretário estadual da Educação da Bahia

Candidato petista, Jerônimo Rodrigues admitiu que Bahia “paga conta” pela falta de aula remota

Pré-candidato a governador, Jerônimo Rodrigues (PT) admitiu, na última sexta-feira (27), que a Bahia está “pagando a conta” de não ter tido aula remota durante a pandemia da Covid-19. O petista foi secretário estadual de Educação no período da crise sanitária.


 
“A dificuldade de internet e de acesso aos computadores dificultaria. Nós teríamos uma quantidade de estudantes muito grande que não acompanharia o processo de educação. O que nós optamos? Foi uma decisão corajosa, e nós entendemos o prejuízo de um lado e do outro. Avaliamos isso, com o governador (Rui Costa), com o Conselho Estadual de Educação, para que nós pudéssemos ter a garantia de que nenhum estudante ficasse para trás. Nós estamos pagando uma conta por isso, mas não é conta de oposição”, declarou, em entrevista à sabatina do UOL/Folha.

O petista ainda culpou o governo federal por não ter ampliado o acesso à internet no país. “O Brasil não cuidou da conectividade da internet. Se nós começássemos naquele momento um ensino remoto, nós estaríamos deixando para trás os estudantes que moram em lugares que não têm internet. A Bahia é constituída de um pouco mais de 90% dos municípios são de populações abaixo de 30 mil habitantes. São municípios rurais que o estudante não tem internet.  O Brasil não cuidou disso, de conectividade. Nossos estudantes da rede, os 850 mil, não têm internet em casa. Não tem sequer, às vezes, uma mesa para estudar. Nós estaríamos formulando um exercício de educação que iria deixar os estudantes para trás”, disse ele.
 
Jerônimo também se justificou sobre o aumento da violência na Bahia, e prometeu dar continuidade ao que foi feito pelas gestões passadas do PT. “Sabe quando você tem um filho e faz tudo, e o filho por alguma aventura se desequilibra, faz algum ato que o pai e a mãe… Eu fiz tudo que pude. Nós estamos fazendo o de melhor”, disse ele. “Por mais que o estado da Bahia esteja investindo com seriedade, com segurança, está fazendo o melhor, ainda precisa fazer mais. Vou continuar o que o governador Rui Costa e Wagner fizeram de excelência”, acrescentou.

O pré-candidato declarou ainda que o governo do PT recebeu uma “herança muito perversa” do carlismo. “Essa situação nós vivenciamos hoje ela é parte de uma herança muito perversa com a Bahia, que a gente presenciou a 20, 30 anos atrás. Nós não tínhamos um governo que cuidasse de gente”, afirmou ele.
 
Jerônimo disse também que o pré-candidato do União Brasil, ACM Neto, ao governo utiliza violência para fazer política e o comparou ao avô, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães. “O que é mais importante para a população baiana e brasileira saber é que ele (ACM Neto) é um antipetista. Ele ameaçou por duas vezes o nosso presidente Lula, uma vez ele disse que ia dar uma surra. Ele ainda usa o mesmo modelo do avô dele, de querer usar a violência na política e de querer enfrentar a oposição de uma forma baixa”, disse ele.