You are currently viewing <strong>Catu – Pequeno Sales ensaia mudança para o PT e partido pode ser implodido</strong>

Catu – Pequeno Sales ensaia mudança para o PT e partido pode ser implodido

Com desempenho abaixo da expectativa, projeto de reeleição do petebista catuense pode estar ameaçado. Plano seria aportar no Partido dos Trabalhadores na tentativa de neutralizar o ex-prefeito Gera Requião

Com o final das eleições, todos os olhares estão voltados para a sucessão municipal. Prefeitos elegeram ou não os seus deputados e governador, agora começam a pensar nos planos para permanecer nas cadeiras executivas de seus respectivos municípios.

O plano do prefeito Pequeno Sales (PTB) é inusitado. Lideranças politicas ouvidas pelo naresenha apontaram que, nos próximos meses, o atual gestor catuense tentará uma manobra que, no mínimo, é constrangedora. Sem conseguir alavancar sua gestão que, em próxima de completar dois anos, ainda na frutificou em obras ou ações que respaldem sua reeleição, o gestor estaria planejando uma jogada “ousada”.

Depois de abraçar a candidatura do eleito Jerônimo Rodrigues (PT), camuflando seu baixo desempenho na votação histórica que o Partido dos Trabalhadores sempre obteve na região, Pequeno Sales, supostamente, estaria disposto a desembarcar de o PTB e, de malas e guias, pongar no PT catuense. Para lideranças petistas ouvidas pelo site, a tentativa é uma manobra complicada. Embora haja no partido uma tendência a buscar o fortalecimento da legenda em municípios baianos – onde, nas eleições de 2020, perdeu muitas cadeiras – a chegada do prefeito não garantiria naturalmente a posição de candidato do Partido dos Trabalhadores.

“Não é possível ignorar as duas gestões de Gera Requião a frente da prefeitura de Catu”, disse um deles. Outro lembrou que, “nestes casos, o correto é a realização de pesquisas junto ao eleitorado para detectar qual dos nomes está mais respaldado para a disputado”.

O legado dos Requião

Ex-prefeito Gera Requião (PT) durante sua gestão à frente da Prefeitura de Catu

Em sua passagem pela prefeitura municipal de Catu, Gera Requião deixou um legado de obras e de melhoramentos estruturais que são um diferencial que ainda não conseguiu ser apagado pela atual gestão. Obras de infraestrutura e aprimoramentos na saúde e educação, são marcas do ex-prefeito que são apresentadas aos eleitores diariamente.

Na contra mão desta realidade, Pequeno Sales se elegeu com promessas de atração de emprego e guinada no perfil econômico do município. Encravado entre Salvador, alagoinhas e Feira de Santana, Catu não consegue desenvolve-se como polo comercial, dada a pequena distancia de centros já consolidados, mas teria chances reais de abrigar pequenas e medias empresas devido a sua boa localização – cortado por rodovias federais – e a existência de terrenos para construção das plantas. Conta positivamente ainda, o perfil operário da mão de obra catuense, treinada em sua maioria pelas empresas prestadoras de serviço à Petrobras.

Todavia, ideias como o Centro Industrial e a atração de cervejarias não saíram do papel. Obras e melhorias estruturais também não são o forte da atual gestão. Ao ponto de, para não ter que devolver recursos do Fundeb, que não foram utilizados em no aprimoramento da educação, a prefeitura está realizando a compra de imóveis que serão utilizados como ativos para a secretária de educação. As compras, que não precisam de autorização do legislativo e nem constituem ilegalidade, são provas da falta de planejamento e, até mesmo, criatividade dos responsáveis pela pasta.

Além disto, ecoam no município informações sobre demissão em massa de cargos de confiança que, se confirmadas, demonstram que o município estaria operando acima do teto de comprometimento dos recursos com contratação. As demissões reforçariam a falta de planejamento do executivo. Não se tratando de falta de recursos, até por que, na data de publicação desta matéria, o município tem programação de receber aproximadamente 2,5 Milhões de Reais oriundos do Fundo de Participação dos Municípios – FPM (Confira Aqui). Soma-se a este fato, os recursos despejados aos milhões pelo governo federal durante o período de pandemia, o crescimento dos valores do Auxílio Brasil, que aumentam o consumo e, consequentemente, a arrecadação.

Manobra suicida

Pequeno Sales (PTB), atual prefeito de Catu, durante cerimônia de assinatura de Ordem de Serviço

Se, de fato, for este o plano do gestor para tentar garantir sua reeleição sem cumprir suas promessas ou apresentar predicados administrativos que respaldem sua manutenção pelo eleitorado, o risco de ficar preso a um partido que não lhe garante legenda é grande.

Experiente, enquanto políticos, certamente Pequeno Sales tem avaliado tais nuances. Caso insista e consiga legenda para disputar a reeleição, o risco ficaria para o PT que poderia ter sua base rachada, tendo em vista que, com a saída de Dr. André Marques do PSD, por exemplo, a legenda não teria dificuldades em abraçar o ex-prefeito. Embora também circulem informações de que figuras petistas locais já ensaiam uma aproximação com a atual gestão, inclusive com a possibilidade de ocupar cadeiras no secretariado, a visão geral é de que a maioria do grupo petista abriria dissidência e seguiria o ex-prefeito Gera Requião